domingo, 29 de julho de 2012

Algo acontece dentro de mim. Percebo, ultimamente, que tenho andado angustiada, ansiosa. Ansiosa é normal, angustiada, não. Odeio sentir esse aperto no peito, como se a todo tempo buscasse uma resposta ou uma sensação que não fosse alcançar... É horrível ter um desejo e não poder saciá-lo. Desejo por um doce, um filme, um lugar, sexo. O desejo por sexo é o mais estranho de todos e, talvez o mais angustiante, d porque não depende só de mim. Dependo do outro, da disponibilidade do corpo do outro. Por que não do coração? Sexo é mistura, sentir o peito do outro batendo, as mãos suadas, o corpo suado, pesando e se movimentando em sua forma mais pueril e selvagem. Não tem como não envolver o coração. Ele bate. E tem que bater forte, ser sentido. Posso agora mesmo fazer um bolo de chocolate e devorá-lo, começar a juntar as minhas economias e, sei lá, partir para... Nova Zelândia (?) daqui a uns 3 anos... Que seja! Tudo é possível quando só depende de mim, do meu esforço, mas o sexo... Droga! Posso usar a mente e imaginar o outro, mas nada se compara a experiência real de ter o outro. Poderia ligar para alguém e sentir o que desejo, no entanto, a angústia se aperfeiçoa quando o desejo é específico. Não há escapatória. Só o aperto no peito. Por enquanto...

Também me angustia o fato de não saber mais como crer. Ouço agora o culto online da igreja que costumava frequentar e algo me intriga. Quero e não quero ouvir, portanto, não ouvirei. Creio que há um tempo para todas as coisas. Há o tempo para deixar de crer? Passo por crises deste tipo desde que me perguntei se Deus existia ou não, por volta dos 13 anos. E não duvido de sua existência. Bom, não duvido agora, aos 29 anos, mas duvidar aos 13 foi bastante complicado. Eu me sentia solta no Universo, como um pêndulo... Passei por uma fase de ateísmo bem interessante. Só que, de quando em vez, isso me assola de novo. Não o ateísmo, como disse, não duvido da existência de Deus, mas me pergunto até que ponto a Bíblia deve ser seguida. Por que devo ir à igreja aos domingos? Por que não devo pecar? E o que mais me inquieta: por que os cristãos que fazem tanto esforço para não pecar e ir à igreja aos domingos parecem ser os mais distantes da personalidade acolhedora de Cristo? Parecem tão preconceituosos e cheios de si... Não compreendo e não aceito. Bato de frente. E também não entendo quando as orações parecem não passar do teto...



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